Faz hoje (23/02) 25 anos que o Zeca sucumbiu à doença, deixando-nos - a todo um país - a braços com um legado complexo, a que não foram indiferentes os amigos e admiradores, nem os detratores e adversários políticos. Um legado musical, um vasto campo lírico para além das cantigas, uma atitude na vida, uma personalidade rara de homem íntegro.
Saiu da Glória (Aveiro) para o mundo, e palmilhou-o numa postura interventiva, não se contentando em contemplá-lo. Ousou mudar as coisas, as pessoas, a sociedade. Agarrou a vida pelos cornos e lidou-a com ardor, recusando desgraças e impossíveis.
José Afonso, cidadão, compositor, poeta, cantador, olhou-nos sempre de maneira frontal, convidando-nos a ir em frente, em sobressaltos mas não a medo. Exigente com os outros não mais do que consigo próprio, elevou por diversas vezes o mister das canções a um objetivo sublime.
Primeiro com a canção coimbrã - quando estudante do liceu e da universidade -, de companhia com o Adriano Correia de Oliveira, o Manuel Alegre, o José Niza, o Durval Moreirinhas, o Godinho e outros que desandaram dos fados e guitarradas para criar um movimento espontâneo, mas amadurecido, esboço do que seria, em breve, a canção de intervenção política contra a ditadura, contra a sociedade fascista, policial e castradora.
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