Em plena Guerra Fria a filha de Estaline protagonizou um dos mais embaraçosos incidentes diplomáticos de que há memória: trocou a URSS pelos EUA – o comunismo pelo capitalismo. Morreu a 22 de Novembro, aos 85 anos, na miséria e no isolamento, no estado americano do Wisconsin.
Lana Peters – nascida Svetlana Stalina – teve uma vida difícil e errática. Casou-se três vezes e renunciou ao regime comunista russo que o seu pai ajudou a erguer. Descreveu a figura do pai como “um monstro moral e espiritual” depois de a CIA a ter ajudado a fugir da União Soviética, em 1967. O incidente cobriu Moscovo de vergonha.
“Venho para os EUA em busca da liberdade de expressão que durante tanto tempo me foi negada na Rússia”, disse Svetlana antes de assentar arraiais em Nova Jérsia, na década de 1960. Anos depois regressaria à Rússia e, posteriormente, de novo aos EUA. Svetlana viveu assim: dividida e apátrida.
Svetlana era a única filha de Estaline. A sua mãe chamava-se Nadezhda Alliluyeva e foi a segunda mulher do líder comunista. Matou-se em 1932. Svetlana terminou os estudos superiores em 1949 e trabalhou como professora e tradutora antes de abandonar a União Soviética.
in: www.publico.pt
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