Em 1882 Enrique Casanova (litógrafo e aguarelista aragonês) é contratado como mestre dos príncipes Carlos e Afonso e pintor da corte. Para além de D. Carlos e D. Afonso terá também dado aulas de pintura a D. Luís e D. Maria Pia e mais tarde a D. Amélia e os infantes D. Luís Filipe e D. Manuel.
Como professor dos príncipes, Casanova ajudava-os a aperfeiçoar as técnicas do desenho e da aguarela e é em D. Carlos que vai encontrar um aluno à altura do seu talento.
Quando já domina com mestria a técnica do pastel, D. Carlos que se vai enquadrar na corrente naturalista iniciada por Silva Porto, irá imortalizar nas suas telas o mar, a paisagem ribatejana e alentejana.
Aos 17 anos aprende com o pintor Miguel Lupi Pintura Histórica de modelo. Domina assim a técnica do retrato que irá utilizar ao longo da vida em obras como "Retrato de Mulher" e "O Marroquino".
Apesar da importância de todos os seus mestres de pintura, será sob a influência de Casanova que D. Carlos desenvolve as técnicas que melhor se adaptam à sua sensibilidade: a aguarela e o pastel. Torna-se em poucos anos num excelente aguarelista, técnica até aí raramente utilizada em Portugal.
O seu primeiro atelier será no Palácio de Belém e expõe pela primeira vez, em 1888, na exposição da Associação Industrial Portuguesa e gradualmente os seus trabalhos são reconhecidos e até premiados quer a nível nacional quer internacional.
imagens e texto adaptado de: Ramalho, Margarida de Magalhães "Cadernos de Desenhos - D. Carlos de Bragança", Edições Inapa
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