
Gil Ferreira Mangens, nascido em Mafra em 1927, era descendente de uma família francesa que chegou a Lisboa no século XVIII, por alturas da construção do palácio.
Actualmente, o antigo tipógrafo, que não deixa descendentes, era o único residente do Palácio Nacional de Mafra, onde passou os últimos dias de vida “de forma voluntária”, a dar indicações aos turistas.
“Era uma pessoa muito querida que dedicou toda a sua vida ao palácio. Ninguém sabia tanto sobre o edifício como ele”, afirmou à agência Lusa o director do Palácio Nacional de Mafra, Mário Pereira.
O responsável recordou Gil Mangens como alguém que “viveu sempre de uma forma austera” e que “não ligava aos luxos”. “Andava sempre a pé e vivia sem telefone e televisão. Dizia que a sua única paixão eram os livros e o palácio” contou.
Mário Pereira disse ainda que o Palácio de Mafra pretende homenagear o seu último residente através de uma exposição com base no espólio deixado por Gil Mangens, nomeadamente livros e fotografias.
De acordo com o responsável, Gil Mangens terá sido mesmo o último residente do Palácio Nacional de Mafra, uma vez que residia ali apenas por descender de antigos ocupantes do monumento.
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